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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Wine 1.7.46

Rode programas e jogos do Windows em sistemas Linux ou Unix, com o mesmo desempenho e qualidade, sem complicação
Sempre que se fala em migração para Linux, seja por aventurar-se em um novo sistema operacional ou por alguma necessidade, é comum os novatos serem auxiliados em fóruns ou por amigos experientes em Linux para usar o Wine. Isso porque o Wine é um programa que permite executar softwares escritos para a plataforma Microsoft Windows, facilitando a transição entre sistemas.

Assim, a migração se torna menos traumática, dando tempo para que o novo usuário vá se ambientando até achar outros softwares nativos substitutos. O Wine é também um importante meio de contornar a inexistência de programas nativos alternativos ou como um meio de levar mais jogos para a plataforma do pinguim, já que é possível rodar alguns títulos disponíveis apenas para plataforma Windows.

Configurando o Wine

Após instalado, o Wine estará disponível no menu de programas do sistema. No caso do Ubuntu, basta fazer uma busca por "Wine", sem aspas no Dash. Em outras distribuições, tanto pelo menu, quanto no campo de buscas é fácil localizar, bastando notar o ícone de uma taça de vinho (Wine também significa vinho em inglês).
Em um submenu, estarão divididas as opções referentes ao Wine. A opção Browse C:\Drive o levará a um equivalente do C:\ do Windows. Uma estrutura de diretórios simulará também a do sistema da Microsoft. Só mexa se souber o que está fazendo. Outras duas entradas, `Programas` e `Programs` será como um menu de programas Windows instalados via Wine. Após a instalação de qualquer programa, procure-o lá.
Em Bibliotecas, você pode definir as bibliotecas que serão essenciais para alguns casos, onde você pode defini-las nas opções. Basta selecionar na lista suspensa a biblioteca e clicar em Adicionar. Depois, na caixa mais abaixo, selecione a biblioteca e especifique o tipo, se embutida (do Wine) ou nativa (do Windows).
As abas Áudio e Gráficos são referentes aos dispositivos de som ou configurações personalizadas de vídeo, respectivamente. Basicamente, só se deve mexer nisso dado a uma necessidade pessoal. Por padrão tem que estar tudo funcionando de acordo. As opções são básicas, referente à escolha de dispositivos de áudio ou ao controle de janelas.
A opção Configure Wine trará uma janela única, dividida em abas para configurar o comportamento do software. São sete abas. Na aba unidades, mude o caminho de instalação dos programas, ou sua unidade C:\ virtual. É também possível incluir unidades como de CD/DVD ROM e atribuir uma letra, tal como ocorre no Windows.
Na aba `Aplicativos`, crie perfis para conjuntos de softwares especificando a base com a qual rodarão. As opções de sistemas vão desde o Windows 2.2 até o 2008 R2. Normalmente os softwares atuais funcionam bem com o XP, mas em casos específicos de softwares escritos para Windows 7, você deverá escolher essa versão para que ele funcione corretamente no Wine. Veja a figura abaixo.

Características

Não é um emulador!

O software Wine permite que se execute programas escritos para a plataforma Windows no Linux ou outro sistema compatível com POSIX. O software faz isso por meio de uma tradução de chamadas dos programas para o sistema, diferente de um emulador que simula o sistema em si através de uma interface.

Disso também provém o nome do programa, que originalmente era a junção de Windows Emulator. Após algum tempo, os desenvolvedores resolveram adotar um nome que condizia melhor com a condição do software e conseguiram fazê-lo preservando o nome Wine, por meio de um acrônimo recursivo: Wine Is Not Emulator, ou `Wine não é um emulador`, em tradução livre.

Como funciona então?

O Wine também não usa bibliotecas do Windows (embora permita) ou engenharia reversa dos produtos da Microsoft, visto que isso seria uma tática ilegal, por causa da infração de direitos autorais. Ao invés disso, tenta reproduzir através das chamadas dos programas a mesma estrutura que teria nativamente no Windows.

Por exemplo, em qualquer chamada de programas que faça uso de uma biblioteca do sistema Windows que deveria, por exemplo, desenhar um círculo na tela, é criada essa biblioteca e implementada essa função na mesma, o que permite ao programa funcionar e desenhar o círculo como era de se esperar.

O inconveniente dessa técnica é a necessidade de testes contínuos de novos programas, visto que é desconhecido todas as funções de todas as bibliotecas nativas da plataforma Windows por se tratar de um software proprietário e de código fonte fechado. Devido a isso, programas mais recentes ou mesmo jogos tendem a sofrer maiores bugs (erros) já que todas as novas chamadas ainda não foram implementadas no Wine.

Dá para usar .dll`s do Windows?

O Wine permite o uso de bibliotecas nativas do Microsoft Windows, caso você possua uma instalação do sistema em sua máquina. No entanto, como o Wine roda no sistema como user-mode (com restrições) em um sistema *NIX, nem todas as bibliotecas nativas funcionarão. Isso é tanto uma impossibilidade técnica quanto legal.

Por não se tratar de um emulador, o Wine consegue ganhos de velocidade e menores consumos de recursos do que se espera de uma emulação de plataforma, o que, inclusive, roda programas complexos e jogos da plataforma Windows. Motivo pelo qual o Wine é um programa ainda muito explorado por usuários mais experientes que querem apenas alguns jogos específicos que não existem para o Linux.

O que dá para fazer?

O Wine continua em constante evolução e novos sofwares são adicionados à lista de compatíveis, ou seja, que possuem compatibilidade total ou perto disso. Como o foco é usuários mais experientes, muitas das contribuições da comunidade do Wine giram em torno de títulos de jogos não disponíveis para Linux e até em jogos que já existem no Steam para Linux.
Nem por isso softwares de produtividade ou ferramentas diversas são deixadas de lado, mesmo softwares que possuam substitutos para a plataforma Linux. Isso acontece por certas ferramentas possuírem características únicas ou proprietárias que não podem ser replicadas, ou por mera preferência de um grupo de usuários sobre essas ferramentas.
Mas, como dito no texto acima, o Wine favorece a migração para novos usuários que desejam encontrar soluções para seus softwares de uso cotidiano na plataforma Windows, e não querem passar por uma mudança tão drástica. Visto isso, os desenvolvedores se esforçam para criar compatibilidade com esses softwares.
É possível rodar o AutoCad 2008/2013, Adobe Photoshop CS3 e CS4, .NET Framework 3.5 - necessário para a execução de diversos outros programas para Windows -, OneNote 2003, Microsoft Office 2003 Service Pack 3 (SP3) são alguns exemplos. Outras centenas de softwares não listados talvez não funcionem total ou parcialmente, dependendo da complexidade.
Além desses softwares, títulos de jogos famosos também marcam presença, algumas vezes, possuindo um desempenho igual ou próximo do que se estivesse na plataforma Windows. Só para citar alguns: Fallout 3 1.7 and GOTY, League of Legends 1.61.xx, World of Warcraft 4.3.x e Battlefield 2 1.x. Assim como os softwares, outros jogos podem ou não funcionar, cabendo a você testar.
Roda em X11/KDE/Gnome

Obs aguarde 5 segundos e feche para iniciar.
 

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